Triland conecta culturas e economias

Foto: Moz Outdoor Adventures

Moçambique está a assumir um papel central na transformação do turismo regional da África Austral ao liderar a operacionalização do Projecto Triland, que visa posicionar o país, o Reino do Essuatíni e a província sul-africana de Mpumalanga como destinos turísticos integrados e internacionalmente competitivos.

Assim, a cidade de Maputo acolheu um encontro de alto nível que reuniu representantes governamentais, operadores turísticos e agências privadas dos três territórios, com o objectivo de reforçar a cooperação transfronteiriça no turismo e dar um novo impulso à implementação do projecto.

Para o secretário de Estado do Turismo, Fredson Bacar, o Triland representa uma engenharia inteligente de desenvolvimento regional, onde o turismo deixa de ser tratado como sector isolado para se tornar eixo de conexão entre povos, culturas e economias.

“Estamos aqui não apenas como três nações separadas, mas como uma região unida por um propósito comum: criar um corredor turístico que amplifique as nossas singularidades e ofereça experiências integradas ao viajante moderno”, sublinhou.

O Triland, formalizado em 2009 durante a Feira de Turismo Indaba, na África do Sul, entra agora numa fase de implementação mais dinâmica e colaborativa, alicerçada em estratégias de marketing conjunto, melhoria da conectividade regional, simplificação das travessias fronteiriças e preservação do património natural e cultural comum. Também responde à procura crescente por experiências turísticas autênticas e sustentáveis, ao mesmo tempo que se apresenta como uma ferramenta inteligente para a transformação económica, geração de emprego e reforço da identidade regional.

“Acreditamos no poder transformador da cooperação regional. O turismo evoluiu, e os viajantes procuram autenticidade, conexão com as comunidades e experiências que transcendam fronteiras. A nossa missão é proporcionar uma viagem memorável”, acrescentou Bacar.

Durante o encontro em Maputo, as delegações de Eswuatini e da África do Sul participaram numa excursão de três dias pelas zonas turísticas-chave da região para avaliar o terreno, partilhar boas práticas e alinhar planos de acção. O evento contou ainda com painéis de debate sobre os desafios e perspectivas da iniciativa, desde os mecanismos de financiamento até à capacitação das comunidades locais.

Para Richard Baulene, director-geral do Instituto Nacional de Turismo (INATUR), o Triland simboliza uma arquitectura colaborativa que promove não apenas o turismo, mas a aproximação entre os povos.

“O Triland permite-nos partilhar os melhores hábitos, usos e costumes, aproximando-nos como parceiros no desenvolvimento”, afirmou.

(Por Rafael Langa)