As florestas de miombo são essenciais para a conservação ambiental, e recentemente Moçambique foi o local de um encontro importante sobre o projecto “Proteção Eficaz das Florestas de Miombo e Áreas de Conservação Marinhas de Moçambique”.
O projecto busca melhorar a resposta global às mudanças climáticas, promovendo a protecção e uso sustentável dessas florestas.
Envolve o Parque Nacional de Gilé e algumas áreas marinhas, e tem como objectivo enfrentar problemas ambientais urgentes. Pejul Calenga, diretor-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), destacou a necessidade de conservar as florestas de miombo para combater as mudanças climáticas.
Explicou que "vivemos em tempos desafiadores, com mudanças climáticas, degradação ambiental e perda de biodiversidade como ameaças reais. A conservação e o uso sustentável das florestas de miombo ajudam a combater o desmatamento, a desertificação e a enfrentar as mudanças climáticas, contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.
O projecto conta com um financiamento de aproximadamente 4,5 milhões de dólares, oferecido pelo GEF através do Fundo Global para a Biodiversidade.
A iniciativa se propõe a implementar a Declaração de Maputo sobre a gestão sustentável das florestas de miombo, começando pelo Parque Nacional do Gilé. Essa área servirá como modelo para ampliar a conservação marinha no país, buscando alcançar a meta 30x30, com a qual Moçambique se comprometeu.
Além de representantes do Ministério da Terra e Ambiente, ANAC, e do setor de Águas Interiores, o evento contou com a presença de membros da Conservation International, ONGs e académicos.
O esforço conjunto visa não só proteger a biodiversidade rica de Moçambique, mas também garantir um futuro sustentável para as comunidades locais.
(Por Renaldo Manhice)