Na costa moçambicana, a Ilha de Benguerra afirma-se como um dos destinos turísticos mais extraordinários da África Austral, combinando beleza natural intocada, biodiversidade singular e experiências culturais autênticas.
Localizada a cerca de 14 quilómetros ao largo de Vilankulo, na província de Inhambane, a Benguerra é deslumbre. Com praias de areia fina e dourada, águas cristalinas e recifes de coral exuberantes, destaca-se como um dos melhores pontos de mergulho e observação marinha do Índico.
Para além de um paraíso de lazer, Benguerra é também um exemplo de turismo sustentável e preservação ambiental. Integrada no Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, a ilha abriga uma diversidade impressionante de vida marinha incluindo golfinhos, dugongos, tartarugas e uma profusão de espécies de peixes tropicais.
Neste ponto turístico, cada visitante é convidado a mergulhar nas águas transparentes, mas também na cultura viva das comunidades locais, que preservam tradições ancestrais e colaboram activamente na conservação do ecossistema.
O turismo em Benguerra tem-se desenvolvido sob um modelo consciente e de alto valor agregado, com lodges ecológicos de classe mundial que oferecem experiências personalizadas de conexão com a natureza, respeitando a identidade ambiental e sociocultural da região. As atividades para os visitantes vão além do óbvio: passeios de dhow (tradicional embarcação à vela), safáris marinhos para observação de dugongos, cavalgadas pela praia, caminhadas interpretativas e expedições de pesca desportiva são apenas algumas das experiências que tornam a visita única.
Apesar dos desafios que se impõem à preservação das ilhas, como as alterações climáticas e o turismo desordenado em algumas regiões costeiras, a Ilha de Benguerra mantém-se firme como um exemplo de equilíbrio entre turismo de elite, proteção ambiental e valorização comunitária.
No panorama do turismo moçambicano, a Ilha de Benguerra não apenas ocupa uma posição de destaque: ela redefine o conceito de paraíso tropical, apresentando ao mundo a face mais genuína, vibrante e sustentável de Moçambique.
(Por Rafael Langa)
