Concurso vai premiar inovações para o desenvolvimento comunitário

Jovens e estudantes chamados a inovar para o desenvolvimento comunitário | Imagem de Freepik

 

O agro-processamento é o foco da terceira edição  do Concurso Nacional de Inovações para o Desenvolvimento Comunitário, lançado esta segunda-feira (12.02), em Maputo, que abrange todo o território nacional. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, que dirigiu a abertura do concurso desafia os jovens estudantes de todo o país a mostrarem as suas habilidades e contribuírem para o desenvolvimento a partir do diálogo entre a criatividade e o conhecimento dos problemas locais.

A III edição do Concurso Nacional de Inovações para o Desenvolvimento Comunitário conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) e o Fundo Nacional de Investigação (FNI), e visa explorar o potencial que o país possui na área do agro-processamento, visando o estabelecimento de cadeias de valor sustentáveis na produção de diversos alimentos de grande impacto nutricional, social e económico.

Durante a cerimónia de lançamento, o Daniel Nivagara destacou que o processamento de alimentos não só estimula a produção agrícola e agrega valor aos produtos, mas também tem o potencial de criar postos de trabalho em diversas cadeias de valor consideradas prioritárias para o país.

"Com esta temática, espera-se identificar inovações ou tecnologias desenvolvidas em Moçambique que possam estimular o processamento de cereais, raízes, tubérculos, carnes, peixes, frutas e hortícolas", disse o ministro.

Na ocasião, o ministro convidou os inovadores, moçambicanos e estrangeiros, que tenham suas inovações na temática de agro-processamento, a apresentarem suas propostas de inovações para serem conhecidas, registradas e disseminadas para uso coletivo em diversos setores da sociedade, com enfoque nas comunidades rurais.

 

Daniel Nivagara, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior | Foto: MCTES

 

"Encorajamos a participação de jovens estudantes para traduzirem o conhecimento científico que adquirem no processo de ensino e aprendizagem em produtos tecnológicos que possam impulsionar o desenvolvimento do nosso país e, que tenham a inovação como uma ferramenta para entrar no mercado de trabalho, num mundo cada vez mais exigente em soluções inovadoras que agregam valor aos produtos, serviços, processos e procedimentos", disse Nivagara.

Na sua locução, o ministro explicou que o concurso é um movimento nacional que se inicia nos distritos, por meio dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia, responsáveis por disseminar a informação sobre o concurso nos povoados, localidades e postos administrativos, prestando todo o apoio necessário no processo de candidatura. Além disso, os Serviços Provinciais de Assuntos Sociais (SPAS) estarão encarregados de fornecer toda a assistência técnica aos Serviços Distritais e de garantir uma boa articulação com o Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias para o Desenvolvimento Comunitário (CITT) e os membros do júri deste concurso nacional de inovações.

Recorde que em 2018, o Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias para o Desenvolvimento Comunitário (CITT) concebeu o Concurso Nacional de Inovações para o Desenvolvimento Comunitário, contribuindo com a identificação de 109 inovações nas duas primeiras edições (2018 e 2019), totalizando 398 inovações até o momento. Essas inovações têm contribuído para melhorar a vida das populações em várias vertentes, como o acesso à saúde, processamento de alimentos e acesso à informação, entre outras áreas de impacto comunitário.

As inovações identificadas, constam do catálogo de inovações e têm contribuído na melhoria da vida das populações em várias vertentes, podendo-se citar os exemplos das bicicletas ambulâncias que, nas zonas rurais, contribuem para o acesso das comunidades às unidades sanitárias distantes; das máquinas multi funcionais para o processamento de tubérculos, cereais e amendoim, que contribuem para a redução do tempo necessário para processar os alimentos, aumentam a renda e elevam o nível de vida das populações; dos emissores de rádio desenvolvidos por inovadores, que facilitam o acesso à informação; e das bombas manuais de irrigação, que contribuem na facilitação da irrigação aos campos agrícolas nas comunidades.

 

Fonte: MCTES