Um novo passo é dado pela UEM em direcção à inovação e ao desenvolvimento sustentável, depois da abertura do Centro de Excelência em Sistemas Agroalimentares e Nutrição, em Maputo.
A ideia é que o novo centro dinamize actividades de pesquisa e inovação no sector agro-alimentar, contribuindo para enfrentar os desafios da agricultura em Moçambique e África no geral.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara enfatiza que o espaço deve também abordar questões relacionadas ao ensino superior, como formação, pesquisa, extensão e governança.
A criação do centro é resultado de consultas entre governos e várias instituições académicas africanas, que identificaram lacunas na região, incluindo nos sistemas agroalimentares, nutrição, análise de políticas agrárias e gestão de riscos associados às mudanças climáticas.
O governo disponibilizou o Repositório Científico de Moçambique para aumentar a visibilidade das pesquisas realizadas pelo Centro. Lain Shuker, diretor regional do Banco Mundial para África Austral e Leste, destacou a importância de aprimorar as habilidades necessárias para as transformações no sector agrícola, considerando as especificidades locais.
O Reitor da UEM, Manuel Guilherme Júnior, ressaltou que as actividades do centro incluem a transformação dos sistemas agro-alimentares em Moçambique e na África, a formação de recursos humanos qualificados em níveis de pós-graduação (mestrado e doutoramento) e a geração de pesquisas de alta qualidade.
Também visa fortalecer a pesquisa aplicada em sistemas agroalimentares, desenvolvendo tecnologias, inovações e recomendações de políticas sustentáveis para o sector agrário.
Iniciado em 2022, o Centro de Excelência, sob a direcção do professor Rogério Chiulele, já conquistou diversas realizações, como a concessão de 131 bolsas de estudo de mestrado e 50 de doutoramento.
Nos últimos dois anos, foram realizadas 137 mobilidades de docentes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação dentro como fora do país. Também foram publicados 40 artigos científicos, na sua maioria em co-autoria internacional, em revistas com revisão por pares indexadas na base Scopus. Além disso, cerca de 10 mil estudantes africanos participaram de cursos de curta duração em metodologias avançadas de pesquisa, análise de dados e redacção científica.
(Por Mozavibe)