
O Parque Nacional de Banhine, no distrito de Chigubo, província de Gaza, é uma joia ecológica que preserva uma rica biodiversidade e desempenha um papel crucial na conservação dos ecossistemas seminários do país.
Criado em 1973 e integrado ao Sistema Nacional de Áreas de Conservação, o parque ocupa uma extensão de aproximadamente 7.250 km², caracterizando-se por vastas planícies, savanas, pântanos sazonais e florestas de mopane.
Banhine é conhecido pela savana semi-árida, onde se pode observar espécies peculiares como a avestruz, hipopótamos nos seus lagos e místicos embondeiros. Em 1973, foi nomeado Parque Nacional para assegurar a biodiversidade singular deste tipo de clima, tendo sido ameaçado na década anterior pela captura de espécies para jardins zoológicos internacionais, tráfico de marfim, caça ilegal e um período de grande seca que afectou principalmente as espécies terrestres.
Apesar de ser um dos parques menos explorados de Moçambique, Banhine abriga uma diversidade notável de espécies, incluindo antílopes, zebras, hienas e uma variedade de aves aquáticas, tornando-se um destino promissor para o ecoturismo. A presença de aquíferos subterrâneos e zonas húmidas sazonais favorece a existência de fauna e flora adaptadas às condições áridas da região.
Nos últimos anos, o governo moçambicano e organizações de conservação têm trabalhado para fortalecer a protecção do parque, combatendo a caça furtiva e promovendo a participação das comunidades locais na gestão sustentável dos recursos naturais. O ecoturismo surge como uma alternativa viável para impulsionar o desenvolvimento socioeconómico da região, ao mesmo tempo que garante a preservação da vida selvagem e dos habitats naturais.
O Parque, a ressurgir gradualmente com a translocação das espécies mais afectadas, recebe visitantes numa área preparada para o ecoturismo, onde podem pernoitar e fazer safaris pelas suas rotas terrestres.Apesar dos desafios enfrentados, incluindo a degradação ambiental e a pressão da expansão agrícola, o Parque Nacional de Banhine representa um refúgio natural de valor incalculável. Com investimentos em infra-estrutura e sensibilização ambiental, o local tem potencial para se tornar um dos principais pólos turísticos de Moçambique, destacando-se pelo seu papel na protecção da biodiversidade e no equilíbrio ecológico da região.
(Por Rafael Langa)