Celebra-se hoje, 30 de Janeiro, Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN), que continuam a representar uma ameaça silenciosa e devastadora para mais de bilhões de pessoas em todo o mundo, especialmente nas zonas mais pobres e marginalizadas.
A maioria destas doenças afecta populações que vivem em condições precárias, onde o saneamento básico é inadequado, os serviços de saúde estão distantes e as condições culturais e sociais dificultam ainda mais o acesso a tratamentos adequados.
Entre as mais de 20 doenças que compõem este grupo, algumas, como a lepra, a dengue, a leishmaniose, a esquistossomose e a doença de Chagas, têm consequências graves. A Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinha que estas doenças são mais comuns nas regiões tropicais, onde o clima quente e húmido favorece a proliferação de agentes patogénicos como vírus, bactérias, parasitas e fungos.
Para além de comprometerem a saúde, as DTN têm um impacto devastador na vida social e económica das pessoas. Muitas delas provocam cegueira, desfiguração e incapacidade, excluindo o indivíduo da sociedade e afastando-o da escola, do trabalho e até da convivência familiar.
As consequências sociais das DTN vão para além das dificuldades físicas. Em várias regiões, o estigma associado a doenças como a lepra e a escabiose pode isolar ainda mais os doentes, resultando em discriminação e marginalização. Este estigma torna o acesso a cuidados médicos ainda mais desafiante, uma vez que as pessoas afetadas podem sentir-se desconfortáveis ou receosas em procurar tratamento.
Em muitos casos, o tratamento adequado é negligenciado ou inacessível, agravando ainda mais a condição dos afectados.
(Por MozaVibe)
