BNM: Da "fazenda" à biblioteca

Foto: BNM

A Biblioteca Nacional de Moçambique (BNM), na Avenida 25 de Setembro, cidade de Maputo, é um edifício com mais de 100 anos de história. Foi originalmente construído em 1904 para abrigar a Repartição da Fazenda. Projectada pelo arquitecto Mário Veiga, a estrutura passou a sediar a biblioteca municipal em 1961, consolidando-se como uma referência crucial na preservação e disseminação do conhecimento no país.

Situada em Maputo, a BNM tem desempenhado um papel fundamental na conservação do património cultural e literário de Moçambique, servindo como um ponto de referência tanto para académicos quanto para o público geral.

O seu acervo diversificado, composto por livros, manuscritos e documentos históricos, preserva obras essenciais que são fundamentais para a compreensão da história e da cultura nacional. Além disso,  tem se destacado como um centro de pesquisa e consulta, oferecendo acesso a publicações nacionais e estrangeiras que abrangem desde o período colonial até o momento pós-independência.

Nos últimos anos, a BNM tem enfrentado desafios como a preservação de acervos em meio à falta de recursos financeiros e infra-estrutura adequada. No entanto, a instituição tem buscado superar essas dificuldades por meio do fortalecimento da digitalização e do aumento do acesso online, permitindo que documentos e publicações se tornem mais acessíveis a um público mais amplo.

Além de sua função de preservação, a Biblioteca Nacional tem se dedicado à promoção de eventos culturais, exposições e palestras, contribuindo para a valorização da identidade moçambicana e incentivando a pesquisa académica. A BNM tem se consolidado como um espaço vital para o debate sobre cultura, educação e desenvolvimento social no país.

Foto: BNM

Com a ampliação dos serviços digitais e a busca por parcerias estratégicas, a BNM projecta-se como um actor central na conservação do património literário e na promoção do conhecimento, garantindo a preservação da memória nacional e o acesso à informação para as gerações futuras.

(Por Rafael Langa)