Leqembi: nova esperança para pacientes com Alzheimer

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A luta contra o Alzheimer ganhou um novo impulso. A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou o uso do Leqembi, um medicamento inovador que visa combater o declínio cognitivo em estágios precoces da doença. A aprovação reverte a decisão tomada em Julho, quando o fármaco foi inicialmente rejeitado devido a preocupações com possíveis efeitos colaterais graves, como hemorragias cerebrais. Esta aprovação da EMA, embora restrita, sinaliza um passo importante na busca por terapias eficazes contra o Alzheimer, oferecendo uma alternativa terapêutica que pode fazer a diferença nos primeiros estágios da doença.

O Leqembi é indicado para pacientes que ainda não atingiram estágios avançados do Alzheimer, sendo recomendado para aqueles que apresentam dificuldades cognitivas ligeiras, como dificuldades de memória e problemas de pensamento, bem como para casos de demência leve. A aprovação é restrita a um grupo específico de pacientes com menor risco de complicações graves, o que destaca a necessidade de uma avaliação cuidadosa antes da administração.

Já disponível em mercados como os Estados Unidos, Reino Unido, Japão e China, o Leqembi marca um importante avanço na medicina e oferece uma nova esperança para pacientes e suas famílias na Europa. Administrado por via intravenosa, o medicamento abre uma janela de oportunidade no tratamento precoce do Alzheimer, um dos maiores desafios de saúde pública do mundo. O medicamento actua na redução de placas amilóides no cérebro, uma das principais causas da destruição das células nervosas associada ao Alzheimer. Estes depósitos de proteínas comprometem as funções cerebrais, e a capacidade do Leqembi em reduzí-los tem mostrado resultados promissores em ensaios clínicos. Para a EMA, a reavaliação do fármaco foi motivada pela comprovação de que, para um grupo específico de pacientes, os benefícios superam os riscos.

(Por Rafael Langa)