Simplificar a linguagem meteorológica

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A linguagem meteorológica é complexa e deve ser simplificada para abranger um público maior. Este é o posicionamento de Adérito Aramuge, director do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM).

Aramuge foi um dos intervenientes da conferência regional "Governando Clima em Contextos Vulneráveis: Geoestratégias Regionais para a Domesticação das Políticas de Gestão de Riscos Naturais", organizada pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na cidade de Maputo.

O orador enfatizou a necessidade de simplificar a linguagem técnica usada para abordar questões climáticas, defendendo que muitos cidadãos não compreendem a terminologia meteorológica, o que dificulta a disseminação eficaz de informações críticas.

"É essencial que a comunicação seja clara e acessível a todos para que as comunidades possam reagir de maneira adequada às previsões climáticas", disse.

Aramuge também sublinha a importância da educação climática, propondo a implementação de programas de capacitação que ajudem as pessoas a interpretarem correctamente informações meteorológicas. 

Por seu turno, o professor José Langa, do Observatório Ambiental para Mudanças Climáticas defendeu maior investimento em infra-estruturas resilientes no combate a  fenómenos como ciclones e inundações.

Também destacou a importância do financiamento para viabilizar esta e outras estratégias. "Sem recursos financeiros adequados é impossível desenvolver e manter infra-estruturas resilientes ou promover programas educacionais e de capacitação", afirmou.

Langa tamb]em enfatizou que a cooperação internacional e os investimentos de entidades públicas e privadas são vitais para garantir que as comunidades vulneráveis possam saber lidar com as mudanças climáticas.

A conferência regional "Governando Clima em Contextos Vulneráveis" reuniu diversos especialistas internacionais e nacionais para debater e promover estratégias de adaptação às mudanças climáticas, especialmente em regiões vulneráveis como Moçambique. Visava explorar melhores práticas e inovações para a mitigação e adaptação aos riscos naturais exacerbados pelas mudanças climáticas.

(Por Renaldo Manhice)