Depois de finalmente o mundo se recuperar da pandemia da COVID-19, o ano de 2023 mostrou-se aliciante ao acolher novamente a forma normal de viver entre as sociedades. As pessoas, em todo o mundo, planearam as suas actividades com menos restrições.
Nesta senda, encontra-se um marco histórico do passado ano. 2023 foi considerado o mais quente desde que há registos que remontam há 1850, em uma temperatura média global de 14,98ºC, 1,48°C mais quente do que o nível pré-industrial de 1850-1900, segundo divulgou o observatório europeu do clima, Copernicus.
O cenário de temperaturas quentes vai se manter em 2024. Aliás, no hemisfério Sul, espera-se uma seca severa, com ocorrência do fenómeno El Niño.
Fora as temperaturas, podemos começar por dizer que 2024 será mais longo que 2023. Este é o ano bissexto, isto é, ao contrário dos anos em que são 365 dias, 2024 terá 366 dias. Isso também significa que o mês de Fevereiro, terá 29 dias e não 28.
Em Moçambique muitas actividades são esperadas para complementar este que já é considerado o ano das renovações, júbilos e êxitos. Dentre muitas, duas actividades são as mais esperadas, onde se encontram, na arena política, nomeadamente para o mês de Outubro, as eleições presidências, legislativas e para os governadores provinciais, onde se saberá quem vai governar o país nos próximos cinco anos. Neste Janeiro, já se vibrou com a participação dos Mambas no Campeonato Africano das Nações, CAN, que tendo sido na Costa de Marfim, nenhum moçambicano ficou alheio à actuação da selecção nacional.
Empreender na internet
A internet transformou-se vital no fluxo de negócios, onde são feitas trocas comerciais entre diferentes países e continentes. Espera-se por mudanças no mercado de trabalho acompanhando a nova tendência de “electrolisar” tudo o que é feito. O Marketplace, o mercado digital, vai ampliar as formas de transacções unidireccionais para uma ferramenta de relacionamento ao longo do ciclo de vida do cliente.
No país, há várias empresas já criadas que funcionam nestes formatos e vários empreendedores singulares que se vinculam à internet para atingir as massas.
Stélia da Nina, com moradia no bairro Machava-Socimol, é uma jovem empreendedora no ramo da gastronomia. Está no processo de estabelecer-se no mercado digital para melhor vender os seus aperitivos. Para o ano de 2024 espera “Que me traga novos clientes, que o trabalho corra bem e seja produtivo”. Para o efeito, lembra-se que na internet existe um público que é extremamente exigente e ela pretende com isto “Fazer mais publicidade nas redes sociais e boca a boca e implementar novos produtos.”
O mercado digital é visual. As pessoas compram o que vêem. Com isto para manter o seu espaço de trabalho, Stélia costuma “Colocar uma touca para que o cabelo não atinja os produtos e mantenho sempre o lugar onde vou trabalhar limpo” e atenta aos melhores ângulos de fotos e melhor resolução fotográfica para captar as melhores imagens e vender mais.
Festivais para todos os gostos
Na arena cultural, aos amantes das artes e culturas moçambicanas, espera por mais lançamentos de livros, divulgação de concursos literários por diferentes entidades. Igualmente, espera-se por mais concertos onde se valorizem os artistas nacionais.
Neste mês de Fevereiro, começa a época do canhú na província de Maputo, com uma festa popular de celebração da batalha de Marracuene ou Gwaza Muthini que, como é habitual, tem como um dos principais atrativos o Festival Marrabenta. O Gwaza Muthini é no dia 2 de Fevereiro e o Festival Marrabenta é entre 1 e 3 de Fevereiro.
Há expectativa em relação ao festival Azgo, o maior evento de música em Moçambique se será em Maio e o regresso do festival de criatividade e inovação, Maputo Fast Forward, que entra numa nova fase, enquanto Bienal e Academia, com desenvolvimento de residências e pesquisas multidisciplinares. O MFF, vai ser em Outubro, com conferências, exposições, concertos, envolvendo artistas, criativos e intelectuais de referência internacional.
Na cidade da Beira, já é um evento anual consolidado, a Feira do Livro da Beira, FLIB, que desde 2023 atribui prémios aos dois melhores livros do ano. Em 2024 o evento terá lugar em Setembro, esperando-se saber quais livros serão distinguidos com o Prémio Literário Mia Couto, para o melhor livro de 2023, na categoria de Poesia e Prosa, no valor de 400 Mil Meticais para cada vencedor.
O ano de 2024 será de grandes mudanças, tanto no país quanto na perspectiva individual, desde que haja melhor planificação, ambição, foco e a luta diária para o alcance dos objectivos.