Sofala tem a maior escola secundária do país

Escola Secundária de Mafambisse, em Sofala

 

A Escola Secundária de Mafambisse traz uma nova realidade na infra-estrutura para educação em Moçambique. É a maior escola secundária construída de raiz desde a independência nacional. A história desta mega obra remota de um passado que ainda vive nas memórias e nas marcas que ficaram na província, o ciclone Idai.

O calendário apontava para o mês de Março de 2019 quando, o Centro do país foi fustigado pelo ciclone Idai onde se estima que 1,85 milhões de pessoas foram afectadas, com danos maiores para a cidade da Beira, em Sofala.

Como consequências deste ciclone tropical, a fúria das chuvas arrastou diversas infra-estruturas e dizimou vidas humanas o que fez com que o Governo de Moçambique criasse, a 11 de Abril de 2019, o Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclone Idai, GREPOC, sob o Decreto n.º 26/2019, para Supervisionar a Planificação, Implementação, Monitoria e Avaliação, Recuperação e Reconstrução nas províncias afectadas.

Quase cinco anos após a tragédia que fustigou aquela parcela do país, mesmo já tendo voltado ao convívio habitual, há marcas deixadas nas memórias de quem viveu de perto o terror. De tal forma, o Governo de Moçambique por reconhecer a súmula importância da educação para o desenvolvimento do país, num financiamento da Fundação de Caridade Zu Chi, em Junho de 2022, iniciou a construção da maior escola secundária do país, desde a época colonial.

Trata-se do imponente edifício da Escola Secundária de Mafambisse, composta por com três pisos, cinquenta e oito salas, dezoito casas-de-banho, cinco salas devidamente equipadas como também três salas de informática, biblioteca, três laboratórios para as disciplinas de Física, Química e Biologia e uma enfermaria.

O edifício está avaliada em cerca de oitocentos e catorze milhões de meticais e faz parte do Projecto de Reconstrução Pós- Pós-Ciclone Idai.

A presente Escola Secundária de Mafambisse está localizada no Posto Administrativo de Mafambisse, distrito de Dondo, em Sofala e foi inaugurada na cerimónia solene de Abertura do Ano Lectivo 2024, precedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Este empreendimento vem a concretizar o plano do Governo de Moçambique para o desenvolvimento de infra-estruturas de educação modernas e também resilientes a eventos climáticos severos que amiúde têm afectado aquela zona do país.

Com este empreendimento, a província de Sofala totaliza 48 escolas públicas existentes que são frequentadas por mais de cento e dezasseis mil e trezentos e onze alunos do ensino secundário. Outrossim, entrarão em funcionamento, a nível nacional, dez novas escolas com um total de cento e quarenta salas de aula.

 

 

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse, na cerimónia de inauguração desta escola que o Governo de Moçambique se preocupa com as questões de igualdade e que este empreendimento “Traduz ao objectivo de ver as crianças sem descriminação” já que “o objectivo final é formar cidadãos capazes de solucionar problemas que afectam a si, as suas famílias e as suas comunidades”.

Outrossim, Filipe Nyusi fez saber que “Pretendemos formar homens e mulheres munidos de conhecimentos e habilidades com valores culturais patrióticos. Homens que pensam Moçambique”. Disse o Chefe de Estado.

Já o Governador da província de Sofala, Lourenço Bulha, fez saber que a Escola de Mafambisse traduz “A concretização de um sonho com uma das infra-estruturas emblemáticas de Sofala.”

Para o Presidente do Conselho de Escola, a população desta localidade deixará de sofrer por causa de défice de salas de aulas para o ensino secundário e “As nossas crianças jamais perderão aulas devido as intempéries. Nós pais e/ou encarregados de educação e comunidade de Mafambisse, no geral, assumimos o desafio de manter a nossa escola limpa e bela e esperando que iniciativas iguais se estendam a demais comunidades do nossos país para o benefício de mais crianças moçambicanas.”

Esta escola é uma construção de raiz e é classificada como sendo a maior instituição já erguida no país após a época colonial e tem a capacidade para acolher 10 mil alunos.        

Refira-se que o presente ano lectivo 2024 ocorre sob o lema: “Por uma educação inclusiva, patriótica e de qualidade”.

 

Por Joana Carlos