Moçambique foi incluído na lista de países que podem beneficiar de fundos da República Popular da China para fortalecer o seu Roteiro Nacional sobre Sistemas de Aviso Prévio, uma iniciativa apresentada em Agosto pelo executivo nacional.
O projecto está alinhado ao programa global “Aviso Prévio para Todos”, promovido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e visa aumentar a capacidade de previsão e resposta a desastres naturais, minimizando os impactos das mudanças climáticas.
A confirmação do apoio chinês foi feita por Adérito Aramuge, Diretor-Geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), durante sua participação na COP29, em Baku, Azerbaijão.
Aramuge anunciou que a China lançou o Plano Estratégico de Aviso Prévio para Todos 2025-2027, com foco no apoio a países em desenvolvimento, e que Moçambique está entre os 30 países elegíveis para esses fundos.
O Roteiro Nacional, que tem um orçamento de 70 milhões de dólares, envolve várias instituições, como o INAM, o Instituto Nacional de Gestão de Desastres Naturais (INGD), a Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) e o Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM). O objectivo é aprimorar a capacidade de prever e reagir a fenómenos climáticos, especialmente em um contexto de crescente vulnerabilidade a desastres naturais.
Além do apoio da China, Moçambique poderá contar com recursos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que anunciou um fundo de 400 milhões de dólares para financiar projectos de sistemas de aviso prévio. O país tem até Fevereiro de 2025 para apresentar propostas com valores que variam entre 200 mil e 1,3 milhão de dólares, que podem impulsionar ainda mais as metas do Roteiro Nacional.
Durante a COP29, Moçambique segue trabalhando para mobilizar mais recursos e trocar experiências com outros países, buscando integrar as principais instituições do sistema de aviso prévio. O Diretor-Geral do INAM concluiu destacando o compromisso de Moçambique em avançar no fortalecimento de seus sistemas climáticos, com a ambição de alcançar os padrões dos países com sistemas mais desenvolvidos.
Com esse apoio chinês e os investimentos contínuos, Moçambique está mais preparado para construir um futuro mais resiliente e enfrentar os desafios climáticos com maior eficácia.
(Por Renaldo Manhice)