Investir na educação turística

Foto: MICULTUR

Há uma proposta que deveria sair da teoria para a prática, a construção de escolas especializadas em turismo. Não que esta ideia não esteja a ser aplicada, afinal temos exemplos da Escola Superior de Hotelaria e Turismo da Universidade Eduardo Mondlane, na província de Inhambane.

No entanto, tal não se mostra suficiente, havendo necessidade de iniciar-se a educação turística pela base, no ensino primário. Esta é pelo menos uma das ideias defendidas pelos participantes a 67ª Sessão da Comissão Regional da Organização das Nações Unidas  para o Turismo em África.

A sessão decorre na cidade de Livingstone, na Zâmbia,  onde Moçambique é representado por uma delegação chefiada pelo vice-ministro da Cultura e Turismo, Fredson Bacar, na qualidade de membro do Conselho Executivo da ONU Turismo.

Naquele encontro, que reúne 23 delegações de países vários países africanos, o turismo foi apontado como uma das peças-chaves quando o assunto é o desenvolvimento económico de um país. Esta é uma das razões pelas quais as nações unidas insistem na ideia de intensificação de investimentos nesta área que enfrenta vários desafios no continente africano.

Segundo os participantes, o turismo em África enfrenta muitos desafios que vão desde a promoção dos destinos turísticos, a conectividade aérea, a formação e capacitação de recursos humanos, investimentos e projectos de sustentabilidade.

É neste sentido que defenderam a aposta no investimento na educação em turismo através de acções como a criação de escolas de turismo e inclusão nos currículos de ensino a todos níveis (primário, secundário, médio e superior) de temáticas sobre o turismo, bem como construção de infra-estruturas turísticas e segurança dos destinos.

As discussões estão, em suma, centradas em três temáticas, nomeadamente investir nas pessoas: educação e desenvolvimento de competências; investimento estratégico no turismo; e segurança dos destinos: papel fundamental da polícia do turismo. 

(Por MozaVibe)