O escritor moçambicano Daúde Amade é o vencedor da oitava edição do Prémio Eugénio Lisboa, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), com obra “Rogilda, ou Breviário de Agonia”.
Além de Daúde Amade, o autor Jeremias Macarimgue recebeu uma menção honrosa pela obra “Na Boca do Hipopótamo”, reforçando o papel do prémio como plataforma de valorização de novos talentos.
Daúde Amade nasceu na cidade de Maputo, em 1993. É professor, escritor e ensaísta. É licenciado em Ensino de Filosofia com Habilitações em História pela Universidade Pedagógica. Participou de oficinas de escrita criativa da Fundação Fernando Leite Couto. É vencedor do prémio de poesia da Gala-Gala edições na sua 1ª edição, em 2020.
Tem textos publicados em revistas de arte e filosofia e em colectâneas nacionais e estrangeiras como “Um natal experimental e outros contos”, vol. 1 e 2 (Gala-gala edições, 2021 e 2022), “Ubuntu: Literatura e ancestralidade” (Gala-gala edições, 2022), “Mazamera sefreu” (Editora Kulera, 2023), “Crónicas de Yasuke” (Editora Kulera, 2024).
O prémio, criado para homenagear Eugénio Lisboa, figura proeminente da literatura e cultura luso-moçambicana, é destinado a promover trabalhos inéditos de prosa literária. Aberto a cidadãos moçambicanos e estrangeiros residentes há mais de cinco anos no país, o concurso visa incentivar a produção literária em Moçambique.
Eugénio Lisboa, nascido em 1930, em Lourenço Marques (atual Maputo), destacou-se como escritor, crítico literário e académico. Reconhecido internacionalmente, ocupou cargos como Presidente da Comissão Nacional da UNESCO e Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Londres. Sua ligação com Moçambique e a língua portuguesa inspirou a criação do prémio que leva seu nome.
(Por MozaVibe)