Profissionais buscam por soluções
O sector artístico-cultural é frequentemente considerado frágil, com muitos profissionais defendendo ser praticamente impossível viver exclusivamente das artes e cultura.
A solução, segundo esses profissionais, é buscar alternativas de sobrevivência, acumulando duas ou mais ocupações. Como resultado, muitas vezes não sobra muito tempo para se dedicarem à área que mais amam, pois, além de trabalhar, é necessário pôr o pão na mesa. Como diz o velho adágio, “saco vazio não se aguenta em pé”.
Com o intuito de criar estratégias de sustentabilidade, o Centro Cultural Franco-Moçambicano, na cidade de Maputo, foi recentemente o palco do Fórum do Empreendedor Cultural & Criativo. O evento reuniu diversas figuras para discutir e promover o desenvolvimento sustentável do setor cultural no país.
A iniciativa faz parte do projeto Cultiv'Arte, apoiado pela União Europeia e implementado pela Expertise France, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo.
O vice-ministro da Cultura e Turismo, Fredson Bacar, destacou a importância do fórum e do Cultiv'Arte para o futuro cultural em Moçambique. “É possível viver da arte e da cultura”, afirmou.
Ressaltou que a iniciativa visa reconhecer o papel dos artistas como produtores de bens e serviços. Segundo Bacar, a cultura enriquece a sociedade e gera renda para famílias, contribuindo para o desenvolvimento económico do país.
O chefe do Cultiv'Arte, Matthieu Gardon-Mollard, sublinhou a importância de tornar os negócios culturais mais sustentáveis e duráveis. “O nosso objetivo é elucidar os artistas sobre como tornar os seus negócios mais sustentáveis e duráveis”, disse, destacando a necessidade de uma abordagem profissional e inovadora para enfrentar os desafios do sector.
Ao capacitar empreendedores culturais, o projeto fomenta a cooperação internacional e reforça as capacidades institucionais, além de criar um ambiente mais favorável para o crescimento das Indústrias Culturais e Criativas.
(Por MOZAVIBE)
