Há planos de futuramente haver voos directos que ligam Gabarone e Maputo, capitais do Botswana e Moçambique, respectivamente.
Esta seria uma das grandes estratégias para Moçambique e Botswana intensificarem a cooperação bilateral, sobretudo em áreas empresariais como agricultura, recursos minerais e energia.
Este é inclusive o pensamento que levou à realização, recentemente, em Maputo, de uma mesa redonda que colocou frente-a-frente várias figuras do sector empresarial e dos governos de ambos países. Esse é o caso do Ministro da Indústria e Comércio do Botswana, Mmusi Kgafela, e do secretário permanente da mesma entidade em Moçambique, Jorge Jairoce.
Na agricultura e agro-processamento foram destacadas oportunidades de cooperação com foco na tecnologia e sustentabilidade, incluindo o incremento da importação de carne do Botswana e a exportação de mariscos moçambicanos.
O Alto Comissário de Moçambique no Botswana, António Macheve, por exemplo, convidou empresários e agricultores daquele país a investirem na agricultura na Pérola do Índico, território que embora possua vastas terras, possui pouco gado bovino (cerca de 2,4 milhões de cabeças).
Se por um lado, no sector energético, a discussão centrou-se na garantia da segurança energética, destacando possíveis trocas comerciais como a importação de baterias para veículos eléctricos, por outro, no setor de indústria manufatureira e recursos minerais, a exploração conjunta de recursos naturais e energéticos pode incluir potencialidades como algodão, alumínio, petróleo, energia, diamante e gás mineral.
Já no turismo foram propostas estratégias para promover safaris e praias, capitalizando as belezas naturais e a rica herança cultural de ambos os países.
Os participantes salientaram ainda necessidade de criar um ambiente favorável aos negócios, com políticas que incentivem o investimento e a cooperação económica. Questões de regulamentação e facilitação de comércio também foram discutidas, visando remover barreiras e aumentar a competitividade.
(Por Rafael Langa)