Terminou a 12 de Dezembro, a 28ª edição da Conferência das Partes, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) se reuniu mais uma vez.
Este evento, promovido pela Organização das Nações Unidas, ONU, pretende discutir e organizar as iniciativas sobre os impactos das mudanças climáticas, com o objectivo de rever os posicionamentos e acções de cada país, além de revisitar o inventário de emissões. Na ocasião, os países procuraram dar resposta conjunta de como estabilizar as concentrações de gases causadores do efeito estufa, lançados na atmosfera.
A delegação de Moçambique é chefiada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi e integra membros do Governo, Organizações da Sociedade Civil, académicos e outros protagonistas da agenda ambiental nacional.
Em termos de prioridades, Moçambique foi com a missão de fortalecer a cooperação com os outros países para criar um plano nacional de adaptação climática; instalar sistemas de avisos prévios, debater sobre as transições energéticas justas; instalar um seguro climático em Moçambique, entre outras acções fundamentais para fazer face a emergência climática global.
Com a participação do país no COP28 espera-se a promoção de Moçambique como Hight energético de fontes renováveis, e também, espera-se fazer a renovação dos compromissos de implementação do acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, tendo em conta a importância das questões climáticas e ambientais; transmitir a mensagem do país sobre as acções em curso, com vista a fazer face os efeitos das mudanças climáticas, tanto olhando para a adaptação e construção da resiliência, incluindo processos de transição energética, com o foco na necessidade de mobilização de financiamento e tecnologias.
Nesta 28ª edição da COP, pela primeira vez o país teve um pavilhão que estará aberto a diálogos com diversos parceiros de cooperação onde vai exibir todas as experiências do país no combate às mudanças climáticas e a troca de experiências com oradores nacionais e internacionais. Igualmente, o país poderá participar em eventos que são promovidos pela COP, como também, participar da gala da COP 28 e da celebração do dia Mundial dos Emirados Unidos.
ACÇÕES CONCRETAS PERANTE A EMERGÊNCIA CLIMÁTICA
Considerando que são os maus hábitos por parte do cidadão que prejudicam o meio ambiente, o representante da Coalizão Juvenil para a Acção Climática, Nélio Zunguze, espera que esta conferência traga soluções práticas para que o país esteja livre do aquecimento global e não só.
Segundo Zunguze, este evento deve criar bases para que se somem pontos claros para agregar a saúde da juventude e que “não seja mais um evento”, disse, acrescentando que deve haver soluções práticas para “defender uma posição prática e resultados significativos em termos de acções concretas e compromissos determinados a cumprir.”
Com a novidade trazida pela COP 28, onde Moçambique terá a sua própria tenda, Nélio Zunguze espera colher experiências dos outros países para posterior implementar no país. O activista disse que leva consigo a experiência dos jovens de diferentes pontos do país e vai apresenta-los ao longo do evento, de forma a trazer soluções que diminuam a poluição, que é contribuinte para o aquecimento global.
Esta conferência é antecedida por reuniões preparatórias dos diferentes grupos dos quais Moçambique faz partes, onde serão feitas negociações e promoção de esforços colectivos para mitigar e adaptar-se aos impactos das mudanças climáticas.
Refira-se que, uma das práticas que prejudicam o meio ambiente é o uso indevido dos recursos biológicos, como por exemplo, o adesflorestamento por via de abate de árvores ou incêndios. O país estará aberto a firmar financiamento climáticos para adquirir recursos que ajudem no combate às mudanças climáticas.