
Moçambique poderá contar com mais quatro postos de venda e distribuição de Gás Natural Veicular (GNV). Para o efeito, a empresa moçambicana Autogás deverá investir aproximadamente quatro milhões de dólares (mais de 255 milhões de
meticais).
Assim, a Autogás expandirá as suas operações, podendo ter um posto em Chicumbane, na província de Gaza, conforme revelou recentemente, em Maputo, o director executivo daquela empresa, João Das Neves, durante o Seminário Autogás
2025, que teve como lema “Aproximando os Intervenientes para a Massificação do Uso do Gás Natural”.
Das Neves destacou a existência de outros projectos financiados pela SASOL/BNI para cidades como Xai-Xai, Maxixe e Pambara, os quais contribuirão para ampliar a rede de abastecimento do GNV no Sul de Moçambique.
Também projecta que, na próxima década, o número actual de sete postos poderá crescer para cerca de vinte, abrangendo as províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.
No entanto, ressaltou que a expansão do uso do GNV enfrenta desafios importantes, como a ausência de incentivos fiscais e aduaneiros para a importação de veículos adaptados ao GNV e seus equipamentos, bem como a falta de uma legislação que favoreça o transporte público e semi-colectivo movido a GNV nas rotas já atendidas.
Outros pontos críticos incluem a necessidade de “desdolarizar” o preço de compra do gás, indexar o preço de venda ao custo real de aquisição e regular as tarifas de transporte do GNC e Mobile CNG.
Disse ser responsabilidade do governo incentivar e promover o uso deste recurso nacional, que é economicamente vantajoso e tem grande potencial para reduzir os custos com a importação de combustíveis líquidos, diminuir as despesas de transporte e gerar novos postos de trabalho.
(Por Renaldo Manhice)